Sobre o DECIR 2020
Chegou ao fim mais um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
À parte das conclusões técnicas a tirar do DECIR 2020 e seus efeitos ambientais, importa colocar em evidência a acção daqueles que lhe dão corpo e alma: os Bombeiros de Portugal.
Mais uma vez, apesar do envolvimento de outros agentes, foram eles o verdadeiro DECIR.
Sem os meios a que têm direito, os Bombeiros de Portugal tudo empenharam, em nome do desígnio nacional. Até a própria vida!
Foi um ano muito negativo, quer pelas contingências do COVID-19, quer pelo número de mortes a lamentar. Razões de sobra para despertar o de sempre, por demais reclamado, ou seja, a reflexão sobre uma efectiva política de ordenamento da floresta, abdicando-se de medidas sazonais que não passam de meros ensaios para impressionar a opinião pública.
Infelizmente o que sempre acontece é isto: chora-se os mortos, muda-se a folha do calendário e estabelece-se um absoluto silêncio, como se nada tivesse acontecido.
Os incêndios rurais não são problema dos Bombeiros Portugueses! Há, pois, que libertá-los dessa discussão, de resto, cada vez mais estéril.
Na verdade, o continuado desinvestimento verificado nos Corpos de Bombeiros, ao nível do combate aos incêndios rurais, em termos da reposição de equipamento de protecção individual e de veículos, faz supor que eles são mesmo dispensáveis.
Continuará, portanto, a fazer sentido o modelo de DECIR até agora seguido?
Continuará a fazer sentido, ano após ano, tanto frenesi no interior dos nossos quartéis?
Porventura, é tempo de o Estado, neste domínio, optar por outro tipo de solução, enveredando pelo alargamento das equipas de sapadores florestais, configuradas num Corpo Nacional, na dependência do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Talvez o devesse fazer para viver e avaliar, na devida dimensão, quanto é difícil gerir recursos. Talvez assim passasse a compreender melhor os problemas das Direcções e dos Comandos, bem como a insatisfação dos nossos Bombeiros. Talvez assim passasse a dar mais valor à cidadania activa e responsável que todos nós orgulhosamente representamos. Talvez assim pudesse passar a ser apontado como exemplo!
À parte das conclusões técnicas a tirar do DECIR 2020 e seus efeitos ambientais, importa colocar em evidência a acção daqueles que lhe dão corpo e alma: os Bombeiros de Portugal.
Mais uma vez, apesar do envolvimento de outros agentes, foram eles o verdadeiro DECIR.
Sem os meios a que têm direito, os Bombeiros de Portugal tudo empenharam, em nome do desígnio nacional. Até a própria vida!
Foi um ano muito negativo, quer pelas contingências do COVID-19, quer pelo número de mortes a lamentar. Razões de sobra para despertar o de sempre, por demais reclamado, ou seja, a reflexão sobre uma efectiva política de ordenamento da floresta, abdicando-se de medidas sazonais que não passam de meros ensaios para impressionar a opinião pública.
Infelizmente o que sempre acontece é isto: chora-se os mortos, muda-se a folha do calendário e estabelece-se um absoluto silêncio, como se nada tivesse acontecido.
Os incêndios rurais não são problema dos Bombeiros Portugueses! Há, pois, que libertá-los dessa discussão, de resto, cada vez mais estéril.
Na verdade, o continuado desinvestimento verificado nos Corpos de Bombeiros, ao nível do combate aos incêndios rurais, em termos da reposição de equipamento de protecção individual e de veículos, faz supor que eles são mesmo dispensáveis.
Continuará, portanto, a fazer sentido o modelo de DECIR até agora seguido?
Continuará a fazer sentido, ano após ano, tanto frenesi no interior dos nossos quartéis?
Porventura, é tempo de o Estado, neste domínio, optar por outro tipo de solução, enveredando pelo alargamento das equipas de sapadores florestais, configuradas num Corpo Nacional, na dependência do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Talvez o devesse fazer para viver e avaliar, na devida dimensão, quanto é difícil gerir recursos. Talvez assim passasse a compreender melhor os problemas das Direcções e dos Comandos, bem como a insatisfação dos nossos Bombeiros. Talvez assim passasse a dar mais valor à cidadania activa e responsável que todos nós orgulhosamente representamos. Talvez assim pudesse passar a ser apontado como exemplo!
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