Memória da memória

Em 10 de Dezembro de 2023 passam dois anos sobre o acto que a imagem ilustra: a inauguração do Museu Júlio Cardoso, parecendo coroar de êxito cerca de uma década de aturado trabalho.

Lamentavelmente, aquele espaço de memórias e afectos, norteado por objectivos mais ambiciosos em termos de futuro, teve vida efémera.

Nesta oportunidade, por mera opção, recuso-me opinar sobre censuráveis acções tomadas, de pendor egocêntrico.

Para que conste, ali foi exposta parte de uma colecção museológica com mais de 50 anos, consubstanciada num apreciável leque de objectos e documentos que pertenceram a respeitados bombeiros, oferecidos pelos próprios ou pelas respectivas famílias quando falecidos.

Jaime Marta Soares, na qualidade de Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, reuniu condições sem precedentes. No caso em apreço, reabilitou, de modo efectivo, um legado ameaçado, indiscutível património identitário da instituição. Honrou assim o passado, demonstrando ao mesmo tempo que liderar é também reconhecer o valor dos homens e da história com esclarecido sentimento de protecção.

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