Não é ocasião...

Ninguém estava preparado para fazer frente a uma pandemia. E os Bombeiros não são excepção. Desta vez, o inimigo é invisível. Não há linha de água que nos valha!

No que à protecção individual dos nossos Bombeiros diz respeito tudo caminha de modo lento, muito lento. Tudo ainda é incerto, não obstante a informação que nos chega, porventura, a carecer de algum critério na sua difusão.

Os Bombeiros são, no nosso país, o principal agente da Protecção Civil. Daí a urgência de medidas extraordinárias, também, para o sector, no domínio do combate à COVID-19.

Se ficarmos impedidos de dar resposta, quem o fará por nós?

Parafraseando o ex-Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Padre Vítor Melícias, numa fase complexa da nossa vida colectiva, "no dia em que os Bombeiros encerrarem os seus quartéis, Portugal não dorme".

Conforme já é habito, somos forçados a fazer uso da cultura de saber vencer a nossa própria adversidade. Saturante mas não desmotivante.

Aliás, nunca fez tanto sentido ser Bombeiro ou cooperar com os Bombeiros. Muitos, muitos mesmo, cerram fileiras, neste momento crítico, no Continente e nas Regiões Autónomas, provando excepcional capacidade de resposta.

Não é ocasião para levantarmos polémicas. Não é ocasião para protagonismos. Porém, passado o período pandémico, é imperioso que os Bombeiros Portugueses reflictam, interna, desassombrada e abrangentemente, sobre o seu futuro, na óptica de que um novo tempo pressupõe novas opções. Deve ser imperativo de consciência. Tão imperativo como valer aos nossos concidadãos, cuja protecção e socorro depende, hoje, mais do que ontem e sempre, de todos e de cada um de nós, Bombeiros de Portugal!

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